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O método pilates como tratamento na síndrome do manguito rotador

O manguito rotador é o principal grupo muscular responsável em manter a cabeça do úmero na cavidade glenóide quando o úmero se movimenta garantindo a estabilização da articulação do ombro (TORTORA & GRABOWSKI, 2002; HALL, 2000). Esse grupo de músculos escapuloumerais é composto pelo supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor e subescapular; os quais se unem em um único tendão para então se inserir nos tubérculos do úmero.

O M. Supra-espinhal impede os deslocamentos superiores e pressiona a cabeça do úmero para dentro, o M.Infra-espinhal e o M. Redondo menor impedem os deslocamentos anteriores e pressiona a cabeça do úmero para dentro e para baixo, e o M. Subescapular impede os deslocamentos posterior da cabeça do úmero além de pressioná-la para dentro e para baixo (CALAIS-GERMAIN, 2002).

 O impacto subacromial é uma situação que causa muita dor e limitação, há geralmente dois tipos de impacto subacromial: estruturais e funcionais. Enquanto o impacto estrutural é causado por uma perda física de área no espaço subacromial devido ao crescimento ósseo ou inflamação, o impacto funcional é uma perda relativa no espaço subacromial secundária à alteração mecânica escapuloumeral resultantes da instabilidade glenoumeral e desequilíbrio muscular.

 

 

O complexo do ombro depende de músculos para fornecer estabilidade dinâmica durante a sua vasta gama de mobilidade. O equilíbrio dos músculos que rodeiam este complexo também é necessário para ter flexibilidade e força, um déficit de flexibilidade ou resistência muscular em um agonista vai ser compensado em um músculo antagonista, e isto leva a uma disfunção. Estes desequilíbrios musculares ocasionam mudanças na artrocinemática e deficiências do movimento, que podem vir a causar danos estruturais, fraqueza do trapézio médio e inferior, serrátil anterior, infra, e deltóide, juntamente com uma tensão no trapézio superior, peitorais e levantador da escápula.

A dor é a maior causa de alteração funcional do ombro, para evitar as  posições dolorosas a pessoa assume posições corporais anormais no braço e na coluna vertebral (posições antálgicas). A dor também cria altos graus de inibição que altera os padrões de disparo muscular.

Protocolos de reabilitação com Pilates utilizam exercícios que ajudam a restaurar a atividade e o controle nos músculos escapulares. Na prática o diagnóstico funcional não deve estar restrito apenas ao local do déficit, como manguito rotador, mas também os déficits mecânicos que existem no ombro, coluna vertebral, costelas, pelve. Alguns problemas distantes da lesão evoluem mais rápidos no processo de reabilitação. Diminuição da amplitude de rotação do quadril, flexibilidade nos isquiossurais ou na coluna frequentemente contribuem para distúrbios nos ombros. Os exercícios são feitos sem atingir arcos dolorosos, e estes vão se tornando maior à medida que a dor vai sendo controlada. Temos vários mecanismos para aumentar a assistência ao movimento e gradativamente irmos retirando a assistência.

A intervenção do Pilates tem sido muito indicada por especialistas da área da saúde também como parte do tratamento. O método promove a flexibilidade e a força dos músculos necessários para o equilíbrio muscular. E se houver outras patologias associadas, como instabilidades e retrações, o Pilates também os terão como alvo para evitar lesões secundárias e não prejudicar a recuperação da patologia já instalada. Assim, através da absorção do impacto pelo músculo fortalecido, que iria diretamente à articulação, e pela mobilidade estimulada, o quadro do aluno será estabilizado, melhorando a qualidade de vida. 

 

Por Rafaela Peres
Treinadora Liberty Pilates Traning

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